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Foto do escritorBruna Diniz

Como se preocupar menos com dinheiro por John Armstrong

Pensar em dinheiro não é fácil. A gente precisa ter todo um jogo de cintura para falarmos de dinheiro. Se não falamos é porque temos problema com ele, o dinheiro, e se falamos abertamente é porque estamos esbanjando. Ou seja, em ambos os casos você não será bem visto. A verdade é que o dinheiro ainda é um tabu.


Se você ganha pouco, você é um coitado. Se você ganha muito, você é mesquinho. Queria – muito, de verdade! – entender qual é a quantia exata para não ser julgado. Assim seria muito mais simples, não é? É verdade que tem gente com muito dinheiro que se aproveita disso para se sentir superior. Mas também é verdade que tem gente com pouco dinheiro que se aproveita disso para se sentir inferior.


Para mim não importa se você tem muito ou pouco, desde que você batalhe para ser feliz. Ganhar o mínimo ou o máximo não te faz mais ou menos feliz. Ser feliz vai de você correr atrás do que realmente quer. E foi isso que me pegou nesse livro.

Eu esperava muito desse livro. Esperava muito porque ele é da The School Of Life e porque o título é tudo o que queremos. E confesso já: me decepcionei. Não é que o livro é ruim, é que eu penso diferente do John.


Como se preocupar menos com dinheiro começa de uma forma leve. Um ponto que gosto muito é quando John fala que nossos problemas não são o dinheiro em si, mas sim a maneira que encontramos para encobrir outros problemas – por exemplo: “Se eu tivesse mais dinheiro, levaria meus filhos para lugares interessantes e assim nos entenderíamos melhor!” – meu bem, você precisa de tempo e vontade, não dinheiro.


Também gosto quando ele fala sobre o dinheiro ser um meio de troca e sobre insistirmos em perguntarmos quanto uma pessoa ganha ao invés de como ela faz pra ganhar. Por outro lado, o que me incomoda muito nesse livro é o tom.


John leva o livro num tom triste. Ele se vê – e deixa claro pra você – numa posição de pouco dinheiro e acredita que jamais poderá mudar. Que jamais terá um carro melhor, que jamais terá uma casa melhor, que jamais estará numa condição melhor. E o que acho pior é que ele aceita tudo isso e recomenda isso para o leitor também. Em meios a ensinamentos interessantes como os que pontuei acima, ele te mostra quão longe ele, e qualquer pessoa na mesma situação, está de ter uma vida em um patamar que definiu importante pra si e realizar seus sonhos.


Veja bem… Não é que não indico o livro, mas indico com essa ressalva: você pode e deve sonhar. Você pode e vai realizar seus sonhos se batalhar por eles. Fácil a gente sabe que não vai ser, mas dizer que será impossível porque hoje você tem uma pilha de dívidas e ganha menos do que gostaria – ah isso não, né?


Se alguém leu esse livro e viu tudo isso de uma forma diferente, me manda um email e bora conversar! Porque adoraria ter entendido tudo errado e no final das contas não ser um livro tão triste e pessimista quanto eu achei que foi. :(


E para finalizar vou ser bem contraditória e dizer: pense em seu dinheiro, sim. O tempo todo. Cuide dele como cuidaria da coisa mais importante na sua vida. Use e manipule com consciência. Estar juntinho das suas finanças ajuda, sim, você realizar os seus sonhos.

Agora me diz… O que você acha sobre pensarmos menos em dinheiro?

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